Luz
Quando mais nada existir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)
Quando, pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Do mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.
Carlos Pena Filho
Obrigada pelo poema, Tati. Obrigada por ser minha amiga e obrigada por sempre me mostrar luz. Sempre dá certo, nêga. Sempre. Te espero amanhã. Curada e feliz.
2 comentários:
Porque têm coisas que, não, não são transitórias ;-)
Conta comigo. Sempre.
Postar um comentário