Filhos...

No meu prédio, além do Vicente, não ha nenhuma outra criança. Nem no prédio da frente e nem no ao lado. Meus amigos, a grande maioria, não têm filhos. O Vicente só convive com crianças na escolinha e fora dela não sabe direito como se comportar na presença de outros pequenos. Normalmente ele chora quando  a criança vai embora ou briga comigo se tento levá-lo embora.

Quando eu era pequena havia uma criançada que não terminava mais na minha rua. Aliás, eu mesma venho de uma família de seis irmãos.

Tenho pensado muito que quando a vida engrenar eu quero ter outro filho. Acho que existem coisas que só um irmão pode te ensinar e eu não quero privar o meu pequeno disso.

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Ontem a noite teve reunião na escola do meu filho. Se dependesse da minha vontade, eu não iria, eu vou por que sei que é importante pro Vicente. Eu sempre saio desses lugares pensando: a que mundo eu pertenço, meu deus do céu? Ontem eu cheguei a ouvir uma mãe dizer que é uma promiscuidade uma mãe trocar de roupa na frente do filho e a outra contando, toda orgulhosa, que o filho se tranca no quarto pra trocar de roupa desde os 9 anos (o menino agora tem 15). Que o filho não pode dormir com a mãe ou o pai, por que crianças são muito "sexuais".

Nessa hora eu me pergunto qual o papel das psicólogas? Por que sempre há uma psicóloga nas reuniões e ela fica ali, estabelecendo normas, dizendo o que é feio e o que não é, o que pode e o que não pode...

Eu continuo concordando com minha sábia mãe: a maldade está nos olhos de quem vê e nada é mais vergonhoso que o desamor.