quinta-feira

Por um pouco de decência - Post desabafo

Não consegui dormir essa noite. Eram duas e meia da madrugada e minha vizinha, do apartamento de cima conversava com o namorado novo, em alto e bom som, com todas as janelas abertas.

Na semana passada, enquanto meu filho berrava de dor, pelas 23hs, o namorado da tal vizinha me pediu silêncio, via janela. Era dor e se tratava de um bebê de um ano e sete meses.

Pois ontem eu pedi silêncio. Falei baixo da janela do meu quarto: "será que vocês podem diminuir um pouquinho o volume? Não conseguimos dormir".

A resposta? Um monte de ofensas e acusações descabidas. Indiretas quanto aos graffitis do meu marido e até alguns momentos de alucinação falando de festas até as 3 da madrugada. Festa? Onde? 3 da madrugada? Hello, ô, eu tenho um filho. A última festa que eu fiz até as 3 da madrugada, foi quando ele tinha uns dois meses e eu passava caminhando com ele de um lado pro outro pra acalmar as cólicas.

Resultado: passei a noite inteira em claro, perplexa.

Aí eu te pergunto, o que transforma uma pessoa nisso? Talvez tu me respondas: falta de cultura e educação. Mas eu acho que uma professora universitária deve ter um mínimo de cultura e educação ou eu estou errada?

O que há com as pessoas, meu Deus? Lembro que quando eu era criança e interrompia alguma conversa da minha mãe, ela me fazia pedir desculpa, entrar na sala de novo e dizer "com licença?". Continuo dizendo "com licença", continuo agradecendo gentilezas, favores, delicadezas e respostas. Continuo pedindo desculpas. Pedir desculpa nunca fez com que eu me sentisse menos, nunca me humilhou, nunca me fez pequena. E continuo tendo um respeito absurdo por qualquer ser humano. Qualquer. Minha mãe também dizia que eduação é uma roupa que a gente veste e nunca despe.

E quem me conhece a fundo, sabe que eu não costumo fazer comentários maldozos a respeito de quem quer que seja. O tempo é curto e eu tenho mais o que fazer da vida, sabe? Mas eu vou te dizer uma coisa, eu tenho pena de gente amarga.
Tem um livro, um dos meus preferidos, o "Fahrenheit 451", do Ray Bradbury, que tem uma frase que eu amo: "como uma pessoa fica tão vazia? Quem tira as coisas de dentro de nós?".

Quem, Deus? Quem?

5 comentários:

ameixa seca 13.11.08  

Eu acho que são pessoas mal-amadas, de mal com a vida... e que por qualquer razão, acham que todos os outros são iguas a elas. Sãi infelizes que desconhecem o valor da fraternidade e do respeito! Ela pode ser professora universitária mas a formação e o carácter de uma pessoa não se aprende na faculdade :)
Há pessoas que nascem vaziam e estagnam... Infelizmente é verdade!

Vica 13.11.08  

É deprimente, mesmo. Como tem gente mal educada nesse mundo, sem respeito, sem consideração. Que triste.

Carol 16.11.08  

Outro dia, estava para sair do estacionamento do super de carro, e tinha um carro "empacado" na cancela. Outro carro começou a dar ré para cima do meu, e eu apenas dei um toquinjuo na buzina, um alerta para nós dois não termos um desgosto logo. E fiz com a mão um gesto de "espera um pouquinho, já vou sair daqui". Pra quê. O cara me xingou de tudo, disse que eu mostrei o dedo pra ele, e o pior, continuou dando ré e fez uma manobra maluca pra sair dali assim mesmo. eu e meu marido ficamos ali, parados, de boa aberta que nem dois trouxas. Ficamos em silêncio até chegar em casa. Esse mundo tá perdido mesmo.

Canela 17.11.08  

Pois é parece que se perderam as boas maneiras e educação algures entre gerações,alguem esqueceu de transmitir e depois dá nisso!
Bj

Luciana 17.11.08  

Talula, cada dia que passa, mais e mais coisas acontecem, e nos fazem parar e pensar... " ei o que está acontecendo com o mundo e com as pessoas? onde está a compaixão, o amor e o respeito ao próximo? E eu te digo que só Jesus Cristo para mudar o caos.
Bjos, Lú.

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