quinta-feira

Sobre pais e filhos

Era pra ser um dia lindo. Segunda, finalmente, eu e Rafaela começamos a tocar de verdade o nosso negócio. Então eu almocei fora com meu marido e depois fui com meu filho no correio (mandar os convitinhos) e no supermercado. Na volta o guri não parava. Queria entrar aqui, ali e eu tentando contornar a situação, cheia de sacolas e com uma mochila enorme nas costas. Daqui a pouco, do nada, ele se enfurece e resolve deitar na calçada... aí foi demais pra mim.

- Tu vai ficar aí deitado?
- vou.
- Beleza. To indo pra casa.

Sai caminhando. Pensei, vou dar dois passos e ele vai vir atras de mim. Dei os dois passos e quando eu olho pra tras, ele estava correndo em direção aos carros no meio da rua.
Eu não sei se alguma vez na vida tu sentiu pânico, mas vou te dizer uma coisa, eu que me policio tanto pra ser uma mãe bacana, correta, peguei ele pelo braço e dei todas as palmadas que ele nunca levou na vida.
E aí eu lembrei da única vez que eu apanhei da minha mãe: foi pelo mesmo motivo e eu levei duas chineladas que doeram além da conta. E lembrei também que minha mãe disse que doeu muito mais nela que em mim. Pois meu filho chegou em casa, comeu três bananas, bebeu suco de uva e dormiu. E eu passei um logo tempo atordoada, chorando feito criancinha.

Enfim, 95% do tempo ser mãe é a coisa mais bacana do mundo. Nos outros 5, dói. Deus, como dói.

2 comentários:

anna 13.8.09  

Ser mãe é maravilhoso, mas não é fácil... é preciso achar o patamar em que o amor, a firmeza e o bom senso se encontram...
Beijinhos grandes.

ameixa seca 13.8.09  

Dói mas, mais tarde, vai compensar. Acredita em mim :) Educar também é dizer não e dar uma palmada na hora certa! Não te culpes.

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